Eu me lembro quando você nasceu, de seu choro forte e alto
em lá maior.
Eu me lembro de seus primeiros passos, de suas primeiras
palavras.
Eu me lembro de quando ia para nossa cama procurando um
cantinho para se aconchegar e não me arrependo de nunca tê-lo impedido, pois eu
pensava:
- Um dia ele vai
deixar de vir e quando isso acontecer, eu vou morrer de saudades!
Eu me lembro do Gui sombrinha do papai, tanto que nos levou
ao desespero no dia que simplesmente resolveu sair pelas ruas em Ribeirão Preto
para ir encontrá-lo.
Eu me lembro do Gui Juca Bala, que não parava, não suportava
ir em restaurantes, pois não tinha paciência de ficar sentado esperando a
refeição, do Gui que sumia nos shoppings, lojas de departamentos e na praia.
Eu me lembro de quanto gostava de assistir Dragon Ball Z, Go
Go Five (desenho que você aprendeu todas as cores em inglês), Cavaleiros do
Zodíaco, assistia inúmeras vezes Bernardo e Bianca e juntos cantávamos:
“Nossa grande missão é salvar e socorrer, quem de nós precisar ajudamos
com prazer....”
Eu me lembro de seus banhos intermináveis, que cantarolando
alto aproveitava para “lavar” todo o box e os azulejos do banheiro.
Eu me lembro de todas as nossas viagens, de todas as suas
festinhas de aniversário, de seu primeiro dia no berçário e a dor que senti no
peito.
Eu me lembro de quantas vezes fui chamada na escola, mas
tenho o maior orgulho em dizer que nunca fui chamada para que reclamassem de sua
educação. Eu sempre lhe falava:
- Eu até tolero ser
chamada por falta de tarefa, desatenção, nota baixa, mas eu não admito ser
chamada por desacato, desrespeito aos professores, eu não vou aceitar isso.
E eu me lembro que, de todas as vezes que fui chamada, nenhuma
vez foi para reclamar de sua educação, muito pelo contrário.
Eu me lembro do dia que você escolheu o nome de sua irmã.
Eu me lembro do carinho e cuidado que você sempre teve por
ela.
Eu me lembro de quantas vezes entrei em seu quarto para lhe
dar bronca e você me “dobrava”, desviando minha atenção para alguma outra coisa
e eu saia sem saber porque estava brava.
Outras vezes eu enfurecida abria a porta de seu quarto
daquele jeito que as mães costumam fazer e você me dizia assim:
- Mãe vem cá, me dá um
abraço.....
E naqueles segundos que você me abraçava tudo se acalmava e
eu saía sem saber novamente porque eu estava tão brava!
Eu me lembro de todos os seus aniversários, de seu primeiro amor, de suas dores e tombos.
Do dia que quebrou o braço, quase rachou a cabeça e do dia
que saiu correndo no hospital com medo da agulha e o papai correndo atrás de
você.
São tantas lembranças boas, engraçadas, tristes, mas que são
nossas, e estarão para sempre em nossa memória.
Hoje é seu aniversário e você está longe de mim, realizando
um sonho.
Eu amo você meu filho, meu Guilherme, meu Gui e como diz sua
irmã, minha vida pela sua.
Parabéns!!!!!
Loveuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu