quarta-feira, 20 de julho de 2011

Santo Elias - Patrono e Ispirador da Ordem Carmelita

Segundo a tradição narra, o Profeta Elias, vendo uma nuvenzinha, que se levantava no mar, bem como uma pegada de homem, teria nela reconhecido no símbolo, a figura da futura Mãe do Salvador. Os discípulos de Elias, recordando aquela visão do mestre, teriam fundado uma Congregação, com sede no Monte Carmelita, com o fim declarado de prestar homenagens à Mãe do Mestre, sendo que primeiros eremitas, que no século XIII iniciaram a vida monástica no Monte Carmelo em honra da Virgem Maria, voltaram-se para Elias, tomando-o como exemplo da própria vida, juntamente com a Mãe de Deus.
No monte Carmelo - EU VEJO UMA PEQUENA NUVEM DO TAMANHO DA MÃO DE UM HOMEM - A Santíssima Virgem Maria do Monte Carmelo.
No reino de Israel, o principal local de adoração de Baal era o Monte Carmelo. Ao final de três anos e meio do início da grande seca, o Profeta Elias reuniu ali o rei Ajab, seus sacerdotes e o povo e disse-lhes: «Até quando ficareis mancando nas duas pernas? Se o Senhor é Deus, sigam a Ele, e se é Baal, então sigam Baal! Então, para que todos soubessem quem é o verdadeiro Deus, Elias propôs erguer dois altares, um para cada um deles, e que o novilho sacrificado fosse posto sobre eles, mas que o fogo não fosse aceso. Invocaria então, cada qual, seu Deus, para que enviasse do céu o fogo para acender as lenhas. O Deus invocado no altar em que o fogo fosse aceso seria adorado como Deus Verdadeiro. E todos concordaram com a proposta do Profeta. Primeiro, os sacerdotes de Baal invocaram seu deus, pedindo que lhes mandasse o fogo. Gritavam e dançavam em torno do altar durante um dia inteiro. Elias debochava deles dizendo que seu deus estava dormindo, e que deveriam gritar ainda mais forte. Ao anoitecer, Elias mandou que se reunissem todos diante de seu altar. Seguindo suas orientações, cavaram em torno do altar um buraco e encheram de água, molhando completamente a lenha a lenha preparada para o fogo. Assim foi feito para que ninguém tivesse qualquer dúvida do que aconteceria. Logo, o Profeta começou a rezar: «Escuta-me, Senhor, e faze que este povo também saiba que só Tu és o único Deus em Israel, e que eu sou teu servo». E desceu do céu um fogo, queimando toda lenha, as pedras do altar e o pó em torno do altar, fazendo evaporar toda a água que estavam na vala aberta em torno do altar. Ao presenciar o que acontecera, o povo aterrorizado caiu de joelhos e exclamavam: «O Senhor é Deus! O Senhor é Deus! Depois, capturaram todos os sacerdotes de Baal e os mataram, pois que, durante tantos anos, foram por eles induzidos ao engano. Pressionado pelo que havia acontecido, o rei Ajab e seu povo começaram a descer do monte. Então o céu se cobriu de nuvens e a chuva voltou, a primeira chuva depois de três anos de seca. Assim, muitos israelitas se converteram a Deus.Depois deste acontecimento, Jezebel, a esposa de Ajab, começou a perseguir o Profeta que teve de esconder-se no deserto e, finalmente, chegou ao monte Horeb, próximo do Sinai. Neste lugar Elias teve uma visão; primeiro sentiu uma brisa suave, e logo viu Deus que lhe ordenou que ungisse Eliseu, que o sucederia como profeta (3Rs 19). Sua vida, como Profeta, teve um fim extraordinário: foi transportado ao céu numa carruagem de fogo (4Rs 2,11) na presença do profeta Eliseu que recebeu a capa do Profeta Elias com a qual realizou seu primeiro milagre. E, Elias, como o seu ancestral Henoc, foi conduzido em vida, alma e corpo, para o céu (Gn 5,24). Diz-se que, tanto o profeta Elias como Henoc retornarão à terra antes do final do mundo, para acusar o anti-Cristo, e serão martirizados em suas mãos. Elias, com seus grandes feitos, ajudou no estabelecimento da verdadeira fé, junto ao povo Israelita, destruindo a idolatria e preparando, portanto, a vinda de nosso Salvador ao mundo. A sua fervorosa defesa da fé, a sua absoluta obediência à vontade de Deus, a pureza e castidade de sua vida, a dedicação à oração e a contemplação dos mistérios divinos, são qualidades que distinguem este grande Profeta. Na Sagrada Escritura o profeta Elias aparece como o homem que caminha sempre na presença de Deus. O seu lema era «ardo de zelo pelo Senhor Deus dos exércitos». Seus contemporâneos o chamavam «O homem de Deus». «Então surgiu um profeta como um fogo cujas palavras era um forno aceso» (Ecl 48,1).
A Ordem do Carmo reconhece-o como seu pai e inspirador espiritual. Na verdade o primeiro grupo de Carmelitas ao fixar-se no Monte Carmelo escolheu viver no lugar junto à fonte de Elias. Este lugar forneceu o nome ao grupo – Carmelitas – e marcou profundamente o seu carisma. Elias, porém não foi um legislador ou organizador, não foi um chefe com inclinações para estruturar fosse o que fosse. Não escreveu nada sobre oração, não o vemos a passar longas horas em oração (embora certamente as tenha passado). Porém, o seu amor aos lugares solitários fez com que os habitasse e os enchesse de sentido com a sua presença de homem de Deus. No Carmelo um homem de Deus – Elias –, viveu apenas para Deus porque a única ocupação que vale a pena é contemplar a beleza de Deus. Para o peregrino que visitava a Terra Santa, o Monte Carmelo era o lugar onde Elias vivera. Elias escolhera a Montanha do Carmelo para, no silêncio e na solidão, saborear a presença de Deus; aí levou uma vida eremítica e travou uma grande e decisivo duelo contra os profetas de Baal, que levavam o povo de Israel à idolatria. No ponto mais alto do monte Elias venceu o desafio e provou aos israelitas (rei incluído) que Jahvé, o Senhor Deus, é o único e verdadeiro Deus.



quinta-feira, 7 de julho de 2011

Campos do Jordão além da Vila Capivari

Há muitos anos costumamos ir à Campos do Jordão, essa linda cidade conhecida como Suíça Brasileira, devido à sua arquitetura baseada em construções européias e pelo seu clima mais frio que a média brasileira.
Na verdade, conheço Campos do Jordão há 28 anos, pois foi onde passamos nossa lua de mel. Esse ano minha filha nos pediu para levá-la à Campos no Corpus Christi, é uma tradição na escola que ela estuda e a cidade fica fervendo de jovens da idade dela. Claro, pensamos, por que não, afinal ir para Campos não é nenhum sacrifício.
Tivemos a maior sorte, o clima estava agradabilíssimo, muito sol durante o dia, o que foi perfeito, pois deu para aproveitarmos ao máximo.

Deixamos as meninas (Érika e amigas) no hotel que elas ficariam hospedadas e fomos para o nosso. Eu e Túlio damos preferência em ficar longe da muvuca, sempre que viajamos preferimos ficar mais próximos da natureza e do silêncio. Isso se deve, imagino, pelo fato de morarmos numa avenida movimentada em São Paulo, então, se for possível, queremos descanso do barulho. Ficamos numa Pousada deliciosa e aconchegante, onde o maior barulho que podíamos ouvir era o canto dos pássaros e a água correndo numa cachoeira próxima. Barulho de carros e buzinas deixamos lá em São Paulo!
Após deixarmos nossa bagagem no hotel, demos uma ida ao centrinho de Capivari, ainda era quarta- feira, véspera do feriado e a cidade já começava a encher. Depois de darmos uma circulada, sentamos num daqueles barzinhos para beber e petiscar alguma coisa. O que nos deixou assim assombrados foi o absurdo que estavam cobrando pelas cervejas, uma Stelinha por R$ 9 reais, isso mesmo, esse preço despropositado para tomar uma microcerveja. Então, imaginamos que a Baden estivesse mais cara, mas por incrível que pareça, o valor era o mesmo. Bem, o jeito foi se contentar com umas 3 cervejinhas, pedir a conta e sair de fininho. Sinceramente não é pãodurice, mas eu penso que cobrar caro é uma coisa, agora roubar é outra! Fomos ao Pão de Açúcar e sabe quanto custava lá a mesma cerveja? Dois reais.
A dica é: levem sua geladeira particular e encham de cerveja!!!

No outro dia, seguindo um roteirinho que já levei pronto, fomos conhecer alguns lugares que não conhecíamos. Começamos pelo Mosteiro das Monjas Beneditinas, localizado no caminho do Palácio da Boa Vista. Um local onde a natureza impera em harmonia com a religião. Em meio a um bosque com grandes árvores, um estreito caminho leva a um lindo lago cheio de peixes, onde um jardim divide espaço com o Mosteiro.
Saimos do Mosteiro e seguimos rumo à Fazenda Lenz, um excelente passeio, pagamos uma pequena taxa, seguimos por uma trilha até chegarmos a um mirante panorâmico, de onde é possível ver todo o Vale do Lageado, depois mais um pouco de fôlego e chegamos a uma bela cachoeira que valeu a pena a caminhada.

Para terminar esse dia agradável, fomos para um centro de lazer chamado Tarundu, na realidade nós já havíamos estado lá, mas da outra vez que fomos o tempo estava fechado, dessa vez com o dia lindo e ensolarado, parecia que estávamos chegando em outro lugar. O Centro de Lazer proporciona uma grande variedade de entretenimento que pode ser explorado por todas as idades, cavalgadas, tirolesa, arvorismo, restaurante, pizzaria e... redes debaixo das árvores, havia até pista de patinação no gelo. Ao chegar você recebe uma comanda, onde é cadastrado qualquer consumo ou atividade e a conta só é paga na saída.


A noitinha e já esfriando, nos aconchegamos na parte de dentro do restaurante, diferenciado pela sua arquitetura e decoração, uma pizza e um vinho gostoso nos fez sentir no clima de Tarundu, que quer dizer "Em Estado de Graça". No nosso terceiro dia em Campos decidimos ir fazer um passeio de trem entre Campos do Jordão e Santo Antônio do Pinhal, percurso que leva 
Mas eu ainda tinha em meu roteiro muitas opções de lazer e fomos conhecer um lugar chamado Amantikir - Jardins que falam.
Lindos jardins de diferentes partes do mundo estão integrados à natureza de Campos do Jordão neste maravilhoso lugar. O local exibe belíssimos jardins de diferentes partes do mundo. O maravilhoso projeto está localizado em uma região privilegiada pela natureza, e além da diversidade de cores e formas de vida, o empreendimento oferece uma belíssima visão da serra.
Depois desse belo passeio pegamos a estrada do horto florestal e existem várias opções legais para dar uma encostada, comer alguma coisa, tomar um vinho ou no caso de estar muito quente, tomar uma cervejinha gelada. Paramos no restaurante Country House, o clima estava apropriado para sentarmos nas mesinhas ao ar livre e apreciar a bela paisagem.
No último dia fomos ao Pico do Imbiri, lugar fantástico, com uma vista deslumbrante no alto dos seus 1862 metros de altitude. 


Completamente cercado pelo verde intenso da mata nativa e recortado por trilhas radicais, o Imbiri é também recomendado para praticar ecoturismo e passeios de bicicleta, cavalo, moto e quadriciclo. O único problema é que só conseguimos chegar lá porque estávamos num carro 4x4 e aventureiros como somos e com carro apropriado, não iríamos perder de jeito nenhum essa chance de conhecer esse lugar maravilhoso.
Na volta ainda para completar a aventura vi que tinha uma placa indicando o Morro do Elefante por um trajeto na estrada de terra, pegamos esse caminho e é uma delícia de travessia numa estradinha toda coberta de vegetação....divino!!!
Nem paramos no Morro do Elefante, estava muito lotado, já estivemos lá por diversas vezes e eu não queria me stressar naquele local repleto de turistas.
Fomos para o centrinho, o duro foi conseguir uma vaga para estacionar o carro. Os estacionamentos da cidade são caríssimos nessa época, teve um com uma placa - R$ 10,00 a primeira hora e R$ 10,00 nas próximas....como assim??? Mas, como diz aquele ditado, quem procura acha e nós encontramos um lugar para estacionar.
Ao chegarmos na praça aproveitamos para aguardar um show que ia ter "Paul McCartney Brazilian Tribute". Com um pouco de atraso e confusão na produção do som, o show deu início já a noitinha. Começou meio devagar, até pensei que fosse odiar, mas o vocalista foi crescendo e desenvolveu com toques de humor um belo espetáculo. Foi muito lindo e ele conseguiu o que no início me pareceu impossível, empolgar a platéia. Valeu a espera!
Ao terminar o show foi preciso atravessar a multidão de jovens que se aglomeravam naquelas ruas do centrinho. Uma loucura, me senti um peixe fora d'água, algo assim como: "proibido para maiores de 21 anos". Saimos de lá rapidinho e fomos tomar um caldinho quente que a fominha já batia forte.
Quando comentamos com as pessoas que fomos para Campos do Jordão nessa época, a primeira reação é dizerem "é muito cheio". Sim, claro, se você quiser só ficar em Capivari, comer no centrinho, sentar naqueles bares. Acontece que Campos do Jordão não se resume a isso, existem inúmeros passeios que podemos fazer, para quem nunca foi, posso ainda dar as seguintes dicas: Ducha de Prata, Teleférico, Palácio do Governo, Cervejaria Baden Baden, Pedra do Baú e compras que a mulherada adora.
O mais incrível é que dessa vez não fiz nenhuma compra, não entrei em nenhuma lojinha, é claro que me encantava com as vitrines, mas sinceramente nada que me chamasse a atenção para entrar. Agora a dica que dou - não posso afirmar hoje - mas há alguns anos atrás era bem melhor passear pelas lojinhas de Capivari e ir comprar na Abernéssia, os preços constumavam ser bem mais convidativos.
Para o próximo ano já tenho um roteirinho mais ou menos pronto, fazer a reserva com antecedência para o passeio de trem, conhecer o Pico do Itapeva, fazer um off road e o principal, encher um isopor enorme de cerveja, sem esquecer é claro do bom e velho vinho!!!Verificar ortografia