

No reino de Israel, o principal local de adoração de Baal era o Monte Carmelo. Ao final de três anos e meio do início da grande seca, o Profeta Elias reuniu ali o rei Ajab, seus sacerdotes e o povo e disse-lhes: «Até quando ficareis mancando nas duas pernas? Se o Senhor é Deus, sigam a Ele, e se é Baal, então sigam Baal! Então, para que todos soubessem quem é o verdadeiro Deus, Elias propôs erguer dois altares, um para cada um deles, e que o novilho sacrificado fosse posto sobre eles, mas que o fogo não fosse aceso. Invocaria então, cada qual, seu Deus, para que enviasse do céu o fogo para acender as lenhas. O Deus invocado no altar em que o fogo fosse aceso seria adorado como Deus Verdadeiro. E todos concordaram com a proposta do Profeta. Primeiro, os sacerdotes de Baal invocaram seu deus, pedindo que lhes mandasse o fogo. Gritavam e dançavam em torno do altar durante um dia inteiro. Elias debochava deles dizendo que seu deus estava dormindo, e que deveriam gritar ainda mais forte. Ao anoitecer, Elias mandou que se reunissem todos diante de seu altar. Seguindo suas orientações, cavaram em torno do altar um buraco e encheram de água, molhando completamente a lenha a lenha preparada para o fogo. Assim foi feito para que ninguém tivesse qualquer dúvida do que aconteceria. Logo, o Profeta começou a rezar: «Escuta-me, Senhor, e faze que este povo também saiba que só Tu és o único Deus em Israel, e que eu sou teu servo». E desceu do céu um fogo, queimando toda lenha, as pedras do altar e o pó em torno do altar, fazendo evaporar toda a água que estavam na vala aberta em torno do altar. Ao presenciar o que acontecera, o povo aterrorizado caiu de joelhos e exclamavam: «O Senhor é Deus! O Senhor é Deus! Depois, capturaram todos os sacerdotes de Baal e os mataram, pois que, durante tantos anos, foram por eles induzidos ao engano. Pressionado pelo que havia acontecido, o rei Ajab e seu povo começaram a descer do monte. Então o céu se cobriu de nuvens e a chuva voltou, a primeira chuva depois de três anos de seca. Assim, muitos israelitas se converteram a Deus.

A Ordem do Carmo reconhece-o como seu pai e inspirador espiritual. Na verdade o primeiro grupo de Carmelitas ao fixar-se no Monte Carmelo escolheu viver no lugar junto à fonte de Elias. Este lugar forneceu o nome ao grupo – Carmelitas – e marcou profundamente o seu carisma. Elias, porém não foi um legislador ou organizador, não foi um chefe com inclinações para estruturar fosse o que fosse. Não escreveu nada sobre oração, não o vemos a passar longas horas em oração (embora certamente as tenha passado). Porém, o seu amor aos lugares solitários fez com que os habitasse e os enchesse de sentido com a sua presença de homem de Deus. No Carmelo um homem de Deus – Elias –, viveu apenas para Deus porque a única ocupação que vale a pena é contemplar a beleza de Deus. Para o peregrino que visitava a Terra Santa, o Monte Carmelo era o lugar onde Elias vivera. Elias escolhera a Montanha do Carmelo para, no silêncio e na solidão, saborear a presença de Deus; aí levou uma vida eremítica e travou uma grande e decisivo duelo contra os profetas de Baal, que levavam o povo de Israel à idolatria. No ponto mais alto do monte Elias venceu o desafio e provou aos israelitas (rei incluído) que Jahvé, o Senhor Deus, é o único e verdadeiro Deus.
Tem uma música que fala assim: Eu vejo uma pequena nuvem, do tamanho da mãos de um homem", de Denis Salles, da qual gosto muito e hoje conheci a história que há por trás dessa declaração.Gostei muito!
ResponderExcluirQue linda história!!! Eu não a conhecia e li agora, gostei tanto que chamei meus filhotes para ouvirem. É sempre bom saber e entender mais sobre nosso passado religioso. Sobre Deus e sobre àqueles que continua perpetuando a sua palavra.
ResponderExcluirEstou passando para desejar um fim de semana e uma semana abençoados, de muita paz, harmonia e bonança em seu lar, no seu trabalho, em sua vida e dos seus entes queridos. Beijos!!!